segunda-feira, 22 de outubro de 2012

É preciso redobrar os cuidados com a chegada do verão e as temperaturas mais elevadas. É nessa época que as serpentes costumam ter filhotes


Precisamos tomar muito cuidado com o aumento do número de animais peçonhentos no verão.  A estação mais quente do ano é a preferida das cobras, aranhas e escorpiões e perfeita para que as serpentes tenham seus filhotes. As fêmeas, em geral, ficam prenhas no fim do inverno e, nesta época de muito calor e alta umidade, os filhotes costumam nascer. Engana-se quem pensa que os recém-nascidos são inofensivos, mesmo os filhotes já têm o veneno capaz de provocar danos à saúde. Além disso, por serem pequenos e em maior número que os adultos, os filhotes representam um risco extra, pois, por causa de seu tamanho, são mais difíceis de serem notados. Por isso, o número de acidentes com cobras nessa época também aumenta. Os sintomas de quem sofre um acidente com serpente variam de acordo com o gênero a que a cobra pertence. Podem ser leves ou graves, o acidentado pode sentir dor, inchaço, pode ter hemorragia e até necrose.  O importante é que, após ser picada, a pessoa procure ajuda médica o mais rápido possível e lave o local com água e sabão. Torniquetes e cortes não devem  ser feitos no local da picada. As cobras mais comuns na nossa regiao são:
 
 

Cascavel   (Crotalus durissus)


Cascavel – Crotalus durissus, é encontrada nas Américas Central e do Sul, reprodução ovípara, de coloração pardo-escura, com losangos claros que se alternam com outros laterais. É facilmente reconhecível pela presença de chocalho na extremidade da cauda. O número de anéis no chocalho da cascavel, não representa sua idade. Sendo assim, se uma cascavel tem 12 anéis no chocalho, não quer dizer que ela tenha 12 anos de idade.  Cada vez que o animal muda de pele, o que ocorre de 2 a 4 vezes por ano, ele acrescenta um novo anel, na ponta da cauda. Pode atingir até 1,80 metro.  Alimenta-se de pequenos roedores.  São perigosas, mas não agressivas, fugindo rapidamente quando avistadas.


 

Jararacuçu ( Bothrops Jararaca)


Serpente venenosa que pertence à família dos viperídeos e pode chegar dois metros de comprimento. Na língua tupi-guarani, "jarara" significa “o bote da cobra”, e "uçu” ou “ussu" grande, longo. Assim, jararacuçu lembra a longa distância que a cobra pode atingir ao dar o bote. A espécie é considerada muito perigosa, pois sua picada pode injetar uma grande quantidade de veneno. Possui uma dieta composta principalmente por pequenos mamíferos, aves e anfíbios.


 

 

Jararacuçu ( Bothropoidess Jararaca)


Serpente peçonhenta, pertencente ao grupo que mais causa acidente no Brasil. Vive em matas, porém se adapta muito bem as áreas urbanas e próximas à cidade. Vivípara, vive em ambientes preferencialmente úmidos, como beira de rios e córregos, onde também se encontram ratos e sapos, seus alimentos preferidos. Dorme durante o dia debaixo de folhagens secas e úmidas.


 

Coral Verdadeira (Micrurus sp)


São serpentes peçonhentas normalmente pequenas e de colorido vistoso, com anéis vermelhos, pretos e brancos ou amarelos em sequências diversas. Possuem hábitos fossoriais (vivem embaixo da terra) e são ovíparas.

 


 

Urutu (Bothrops alternatus)


A urutu, caracteriza-se principalmente pôr ser uma serpente curta e bastante grossa, possuindo ao longo do corpo desenhos que se assemelham a uma ferradura ou a letra C invertida, no alto da cabeça nota-se um desenho similar a um Y invertido. É uma serpente muito temida, sobre sua mordida, diz o dito popular: “se não mata aleija”, devido a ação proteolítica do veneno, ou seja, destrói tecido muscular. É uma cobra rasuavelmente grande, chegando a medir até 1,60 metros, mas raramente ultrapassa 1,20 metros. Possui hábitos crepusculares e noturnos, sendo assim sua visão não é muito útil, sendo utilizado na caça a fosseta loreal, para localizar a presa através do calor do corpo mesma, e da língua para rastrear a presa morta pela ação do veneno. Habita campos e outras áreas abertas e pedregosas. Alimenta-se de mamíferos (roedores). Quando ameaçada, ocorre um achatamento de partes do corpo, faz movimentos rápidos e repetidos com a ponta da cauda, dá bote, incluindo mordidas e injeção de venenos, excreta fezes e outras substâncias odoríferas. Sua dentição é solenóglifa, isto é possuem presas canaliculares e curvadas para traz, situadas na porção anterior do maxilar móvel. É uma das maiores produtoras de veneno, chegando até a 380mg pôr extração.


 
Alexandre Sachs Biólogo
Crbio:063542/03
fonte:serpentesdobrasil.com.br/

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