Precisamos tomar muito cuidado com o
aumento do número de animais peçonhentos no verão. A estação mais quente do ano é a preferida das
cobras, aranhas e escorpiões e perfeita para que as serpentes tenham seus
filhotes. As fêmeas, em geral, ficam prenhas no fim do inverno e, nesta época
de muito calor e alta umidade, os filhotes costumam nascer. Engana-se quem
pensa que os recém-nascidos são inofensivos, mesmo os filhotes já têm o veneno capaz
de provocar danos à saúde. Além disso, por serem pequenos e em maior número que
os adultos, os filhotes representam um risco extra, pois, por causa de seu
tamanho, são mais difíceis de serem notados. Por isso, o número de acidentes
com cobras nessa época também aumenta. Os sintomas de quem sofre um acidente
com serpente variam de acordo com o gênero a que a cobra pertence. Podem ser
leves ou graves, o acidentado pode sentir dor, inchaço, pode ter hemorragia e
até necrose. O importante é que, após
ser picada, a pessoa procure ajuda médica o mais rápido possível e lave o local
com água e sabão. Torniquetes e cortes não devem ser feitos no local da picada. As cobras mais comuns na nossa regiao são:
Cascavel (Crotalus durissus)
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Cascavel – Crotalus durissus, é encontrada nas Américas Central e do
Sul, reprodução ovípara, de coloração pardo-escura, com losangos claros que se
alternam com outros laterais. É facilmente reconhecível pela presença de
chocalho na extremidade da cauda. O número de anéis no chocalho da cascavel,
não representa sua idade. Sendo assim, se uma cascavel tem 12 anéis no
chocalho, não quer dizer que ela tenha 12 anos de idade. Cada vez que o animal muda de pele, o que
ocorre de 2 a 4 vezes por ano, ele acrescenta um novo anel, na ponta da cauda.
Pode atingir até 1,80 metro. Alimenta-se
de pequenos roedores. São perigosas, mas
não agressivas, fugindo rapidamente quando avistadas.
Jararacuçu ( Bothrops
Jararaca)
Serpente venenosa que pertence à família dos
viperídeos e pode chegar dois metros de comprimento. Na língua tupi-guarani,
"jarara" significa “o bote da cobra”, e "uçu” ou “ussu"
grande, longo. Assim, jararacuçu lembra a longa distância que a cobra pode atingir
ao dar o bote. A espécie é considerada muito perigosa, pois sua picada pode
injetar uma grande quantidade de veneno. Possui uma dieta composta
principalmente por pequenos mamíferos, aves e anfíbios.
Jararacuçu ( Bothropoidess
Jararaca)
Serpente peçonhenta, pertencente ao
grupo que mais causa acidente no Brasil. Vive em matas, porém se adapta muito
bem as áreas urbanas e próximas à cidade. Vivípara, vive em ambientes
preferencialmente úmidos, como beira de rios e córregos, onde também se
encontram ratos e sapos, seus alimentos preferidos. Dorme durante o dia debaixo
de folhagens secas e úmidas.
Coral Verdadeira
(Micrurus sp)
São serpentes peçonhentas normalmente pequenas e de colorido vistoso,
com anéis vermelhos, pretos e brancos ou amarelos em sequências diversas.
Possuem hábitos fossoriais (vivem embaixo da terra) e são ovíparas.
Urutu (Bothrops alternatus)
A urutu, caracteriza-se
principalmente pôr ser uma serpente curta e bastante grossa, possuindo ao longo
do corpo desenhos que se assemelham a uma ferradura ou a letra C invertida, no
alto da cabeça nota-se um desenho similar a um Y invertido. É uma serpente
muito temida, sobre sua mordida, diz o dito popular: “se não mata aleija”,
devido a ação proteolítica do veneno, ou seja, destrói tecido muscular. É uma cobra
rasuavelmente grande, chegando a medir até 1,60 metros, mas raramente
ultrapassa 1,20 metros. Possui hábitos crepusculares e noturnos, sendo assim
sua visão não é muito útil, sendo utilizado na caça a fosseta loreal, para
localizar a presa através do calor do corpo mesma, e da língua para rastrear a
presa morta pela ação do veneno. Habita campos e outras áreas abertas e
pedregosas. Alimenta-se de mamíferos (roedores). Quando ameaçada, ocorre um
achatamento de partes do corpo, faz movimentos rápidos e repetidos com a ponta
da cauda, dá bote, incluindo mordidas e injeção de venenos, excreta fezes e
outras substâncias odoríferas. Sua dentição é solenóglifa, isto é possuem
presas canaliculares e curvadas para traz, situadas na porção anterior do
maxilar móvel. É uma das maiores produtoras de veneno, chegando até a 380mg pôr
extração.
Alexandre Sachs Biólogo
Crbio:063542/03
fonte:serpentesdobrasil.com.br/
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